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A revisão do estatuto está hoje em discussão numa reunião entre os sindicatos e o Ministério do Ensino Superior, e um grupo de 15 docentes da ESE não quis passar a data em claro.
Os professores criticam "os poucos recuos que o ministro [da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior] tem tido", a "triste perda de direitos e de respeito pelos professores do ensino politécnico" e a "perda de qualidade do ensino superior" da proposta, Isabel Timóteo, docente do curso de Educação Social da ESE.
A iniciativa dos profissionais, que consistiu na colocação de faixas pretas no átrio da escola e na distribuição de panfletos, teve como objectivo promover o debate interno. "Sentíamos que os docentes não estavam a debater muito esta questão", observou Isabel Timóteo. A professora alerta que a proposta de revisão corresponde "a uma perda de direitos dos profissionais com experiência de serviço no politécnico".
Em causa, diz Isabel Timóteo, está a proposta do regime integral sem exclusividade, que corresponde a uma "redução de um terço do ordenado" dos docentes que estão no quadro, já a partir de Setembro, e a meta, "impossível de cumprir", de seis anos para ter 70 por cento dos docentes do politécnico com doutoramento.
Para além disso, alerta, o ministro pretende que apenas haja progressão na carreira docente se houver abertura de concursos públicos. "Se no ensino universitário não é assim, porquê esta revisão no politécnico", questiona a professora, criticando também a proposta de redução, em 20 por cento, do número de professores a tempo inteiro.
Junto às faixas pretas, os 15 professores que organizaram a acção de protesto colocaram também uma "roda da sorte", com os vários perfis dos professores do Ensino Politécnico, para "ver o que pode calhar em sorte aos docentes no próximo ano, já que o ministro está sempre a mudar as regras do jogo", explicou Isabel Timóteo.
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